Tuesday, May 09, 2006

Genuyn

Tendo editado um CD-EP, a expensas próprias, os Genuyn estão a tentar singrar por entre o meio musical e afirmar-se como proposta alternativa ao marasmo sonoro que quase sempre impera por este país fora. Fomos, por isso mesmo, falar com eles.

S. M.: Porquê o nome Genuyn? Sentis-vos genuínos?
G.: Encontrar um nome estava a revelar-se tarefa difícil. Queríamos ter um nome simples e apelativo e este serviu perfeitamente os nossos propósitos. O facto de ser escrito com um ípsilon (y), prendeu-se com questões visuais e estéticas, pois chama mais a atenção.
S. M.: Contem-nos um pouco da vossa história…
G.: Começamos a tocar há cerca de onze ou doze anos. Formamos, então, uma banda de versões, os Rupptura, onde tocávamos, basicamente, versões de Hard’n’Heavy. Isto fez-nos ganhar experiência, pois exigia-nos evolução a nível técnico, bem como coesão como grupo e complexificação sonora.
Depois, surgiram os Black Sapphyre. Aqui já tocávamos os nossos próprios originais, numa linha de Melodic/Power Metal. Chegamos a ter boa resposta a nível internacional, especialmente no Brasil, mas o desenvolver do projecto implicaria a nossa mudança para lá. Inclusive, na “Rock Brigade”, fomos comparados com o álbum “St. Anger” dos Metallica, onde eles diziam que o som típico desse álbum era nosso, enquanto os Metallica se tinham limitado a apresentar as versões demo do mesmo!
S. M.: Então porquê a mudança sonora? Foi consciente ou deveu-se ao acaso?
G.: Acima de tudo deveu-se à desistência de elementos da banda, nomeadamente do vocalista (que já vinha dos Rupptura). Os restantes elementos tomaram, então, a opção consciente de mudar de sonoridade. Houve uma mudança de nome e de estilo musical.
S. M.: Como banda, que expectativas vos oferece Guimarães?
G.: Até oferece boas, uma vez que é relativamente fácil arranjarmos concertos.
S. M.: Este CD é a afirmação do quê?
G.: Serve, principalmente, como uma demo, uma apresentação do nosso trabalho e da Genuyn Corporation. Tivemos contactos para editá-lo pela Ícone Discos, mas recusamos pois é apenas uma mostra do que nós fazemos actualmente.
S. M.: Como é que funciona a composição dos temas?
G.: Basicamente, há dois compositores principais. Costumamos, primeiro, compor a música e, só depois, as letras, que incidirão sobre temáticas pré-estabelecidas entre nós.
S. M.: As influências de outras bandas são importantes ou são apenas meras referências?
G.: Reconhecemos as nossas influências, que passam pelos Queen, Muse, Sistem Of A Dawn, Dream Theatre, …
P. G.: Que outros grupos ou artistas portugueses vos dizem algo?
G.: O Gonçalo Pereira, que tocou com o Paulo Gonzo.
P. G.: A música interfere nas vossas vidas pessoais e profissionais?
G.: Não interfere! Vem sempre em primeiro lugar!

Os interessados em os contactar, podem fazê-lo através do e-mail genuyn_info@hotmail.com ou pelo 965620676.

Genuyn - Random (CD, 5 trk., 29m), 2005 Genuyn Corporation (6,5/10)
Este primeiro trabalho, que serve como apresentação do som desta banda, mostra que, de facto, os Genuyn estão a tentar ocupar um espaço próprio dentro do panorama musical português.
Com uma sonoridade que equilibra o Rock com o Indie-Pop, notam-se, aqui e ali, alguns traços de caminhos mais “hard” percorridos anteriormente, ao mesmo tempo que uma certa atmosfera de sonoridades mais ligadas ao Grunge se insinua por entre as composições.
Apesar de ser o primeiro esforço desta banda, os temas apresentados já revelam bastante consistência, embora às vezes pareça haver uma certa hesitação nos caminhos a percorrer.
Contendo cinco faixas, uma delas sendo uma versão do clássico “My Way”, o destaque vai, sem sombra de dúvida para a pérola chamada “I Can’t”, uma canção na plena acepção do termo e que tem tudo para se tornar num tema de culto.
Resta agora esperar para ver o que um novo trabalho nos irá trazer.

1 Comments:

Blogger Aramis_Aka_Jack.Sparrow said...

Obrigado pela entrevista, continua com o bom rabalho.

Abraço

2:18 PM  

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