Tuesday, May 09, 2006

The SymphOnyx

Tendo em mão a recente edição de um CD-single (que inclui um vídeo) e um longa-duração, ambos a cargo da Ethereal, aproveitamos o pretexto para entrevistar os The SymphOnyx.

S. M.: Antes de mais, descrevam-me estes anos de carreira…
S.: Portugal continua a ser muito pequenino e as pessoas não acreditam nas bandas portuguesas.
S. M.: Então, o que é que vos manteve ao longo destes anos?
S.: A persistência naquilo em que acreditamos. Já desde os inícios, em 1997, e com a gravação do “Psico-Fantasia”, que acreditamos no que fazemos. Acreditamos tanto que, a meio das sessões, decidimos gravá-lo em formato CD em vez de só em maqueta. Isto foi arrojado da nossa parte, uma vez que a cassete era o formato usual e o uso do CD como forma de apresentação era um formato praticamente novo. A crença no nosso projecto foi, portanto, ao ponto de sermos pioneiros numa fronteira que nenhuma banda local se arriscava a desbravar.
S. M.: Como é que conseguem conciliar a vida profissional, a familiar e a musical?
S.: É muito complicado, mas há regras e há que ter espaço para tudo. Todos temos empregos, pois há que pagar as contas no fim do mês e ganhar para viver. Também já todos somos casados, alguns com filhos, e isso é muito importante. Portanto, há que conciliar o que mais se gosta, dentro disso, de forma a que o impacto dos ensaios e concertos provoque o menos danos possíveis na vida profissional e pessoal. Paralelamente, são as nossas esposas quem mais nos apoia a nível de carreira musical.
S. M.: Quais as principais mudanças sonoras e composicionais ao longo do tempo?
S.: É difícil responder a isso… Foram todas devidas à evolução que sofremos, quer como pessoas, quer como banda.
S. M.: Qual a importância do trabalho gráfico nos vosso trabalhos?
S.: Em todos as edições é tão importante como o disco em si, não se devendo ao acaso. Tem que, necessariamente, transmitir o estado de espírito da música.
S. M.: A comunicação com o público é importante? Porquê?
S.: Nós queremos que, num espectáculo, as pessoas desfrutem o máximo possível, que façam parte do momento.
S. M.: Como é que surgiu o contacto com a Ethereal, após duas edições a expensas próprias?
S.: Antes deste contacto, houve outras editoras que nos contactaram. Dentro das propostas que nos foram apresentadas, pareceu-nos que a Ethereal, como tinha poucas bandas no seu catálogo, poderia dedicar-se mais ao nosso trabalho.
S. M.: Porquê o hiato entre os lançamentos e o que é que sucedeu entretanto?
S.: Realizaram-se concertos e trabalhamos na elaboração de um primeiro longa-duração. O disco já está pronto desde 2004, mas só agora é que pode ser lançado.
S. M.: A música que costumam ouvir corresponde àquela que compõem?
S.: Cada um tem os seus gostos e transmite-os nos ensaios.
S. M.: O “Sophia”, que era quase um vosso ex-libris, foi abandonado dos espectáculos ao vivo. Porquê?
S.: Isso correspondeu a uma opção, pois fechou-se um ciclo que ela representava.
S. M.: Em termos de duração, vocês são a banda com maior longevidade (e com mais trabalhos editados) no concelho de Guimarães. Isso significa algo para vocês? Cria-vos alguma responsabilidade ou nem sequer se apercebem disso?
S.: Nunca tínhamos pensado em tal. O facto de acreditarmos na música que fazemos é que é relevante. Não assumimos, para já, a responsabilidade da nossa longevidade nem de edição de trabalhos, mas não podemos negar que temos orgulho nisso.
S. M.: Se, anteriormente, tinham já dois registos editados (o já referido “Psico-Fantasia”, de 1997, e o “Utopia”, de 2000), porquê intitular o álbum de “Opus I”?
S.: Porque, como já referimos, fechamos um ciclo e estamos a abrir um novo, do qual este trabalho é a primeira obra.
S. M.: O que é têm agendado para breve?
S.: Temos alguns contactos feitos mas que, para já, ainda não estão confirmados. Por tal, preferimos não falar disso ainda.

Tanto o CD-single (“Winterfall”) como o álbum (“Opus I: Limbu”) já se encontram no mercado. Os interessados em os adquirir podem tentar através de:
http://www.etherealsoundworks.com/


The SymphOnyx - Winterfall (CD-s, 3 trk. + vídeo, 13m), 2005 Ethereal (8/10)
The SymphOnyx - Opus I: Limbu (CD, 10 trk., 52m), 2005 Ethereal (8/10)

A sonoridade deste novo trabalho, onde as matrizes sonoras e composicionais classicistas se mesclam profundamente com uma componente de Hard Rock épico, de Rock Progressivo e de Neo-Clássico, vaga por entre paisagens que não andam longe do Gótico e mesmo do Gothic ou Black Metal. Para este efeito em muito contribui a presença marcante de uma voz feminina, a título mais permanente, que vem trazer um carácter mais etéreo às composições.
Adensando a atmosfera vivida ao longo de todo o disco, as líricas, cuidadas e sentidas, vagueiam por entre meandros poéticos evocantes de um romantismo por vezes lúgubre, mas pontilhado por refrões fortes e apelativos que se entranham na pele e na alma.
Apresentam-se, pois, com uma sonoridade mais vincada que nos anteriores registos, mercê, também, de um trabalho de produção mais cuidado e adequado, que, verdade seja dita, já há muito mereciam.
Quanto ao CD-single, há apenas a salientar que, de facto, a sua escolha recaiu na canção mais forte do álbum, sendo o tema “Winterfall apresentado em duas versões (além do vídeo), incluindo, também, uma versão acústica do tema “Be Live” do mesmo disco.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Actualização dos dados da banda:

e-mail: thesymphonyxmail@gmail.com

Site: www.thesymphonyx.net

myspace: www.myspace.com/thesymphonyx

Abraço

11:21 PM  

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