Sunday, May 14, 2006

Steel Warriors Rebellion

Completando quase uma década de existência, o Steel Warriors Rebellion, Barroselas Metal Fest, impôs-se já, quer a nível nacional, quer a nível internacional, como um dos maiores e melhores festivais dedicados aos subgéneros do Hard’n’Heavy, quer pela quantidade de bandas participantes, quer, e acima de tudo, pela qualidade dos nomes que passam pelos seus palcos. Tendo decorrido, a mais recente edição, nos dias 28, 29 e 30 de Abril, fomos saber um pouco mais acerca deste importante evento.

S. M.: Como surgiu a ideia de organizar este festival?
SWR: Antes disto, já organizávamos concertos. Depois, as coisas cresceram à volta de uma banda, os Golden Pyre, da qual éramos elementos. Mais tarde, ainda sem projecto definido e a título individual, começamos a organizar concertos com mais frequência, até que, por fim, nos decidimos por um mini-festival, em que tocaram três bandas portuguesas e uma espanhola. O festival repetiu-se e, a partir do terceiro ano, criamos uma associação para a realização de eventos. Paralelamente, também tínhamos um fanzine, o que nos permitiu dinamizar os eventos e arranjar contactos.
S. M.: Quais os momentos mais altos e os mais baixos, até agora?
SWR: Os momentos mais baixos foram o cancelamento do concerto dos Mayhem, por parte da banda, e a invasão do cemitério de Barroselas, que as pessoas ligaram ao festival.
O mais alto verificou-se em 2005, uma vez que garantimos as condições que queríamos para o festival, reunimos um óptimo cartaz e mesmo a nível das comodidades do parque de campismo tivemos boas condições. Em suma, correu tudo bem.
S. M.: Como tem sido a reacção por parte das bandas e do público?
SWR: A nível das bandas, tem havido uma boa opinião acerca do festival, pois sendo uma organização familiar, mas ao mesmo tempo profissional, temos um contacto mais directo com elas, ao mesmo tempo que lhes garantimos todas as condições que elas requerem.
Quanto ao público, no início sentimo-nos um pouco desiludidos, mas agora as pessoas já vão pelo festival em si, não só pelo cartaz que apresentemos.
S. M.: Qual a projecção que já têm?
SWR: Modéstia à parte, somos o melhor festival a nível nacional! Já começamos, também, a ser uma referência internacional, mas continuamos a sentir o facto de estarmos na periferia da Europa, facto que limita a dimensão do evento. Para tentar ultrapassar isto, vamos apostar em Espanha como público-alvo, promovendo viagens de baixo custo.
S. M.: O facto de não se realizar em Lisboa ou Porto tem mais de positivo ou de negativo?
SWR: Tem mais de positivo que de negativo, quanto mais não seja porque marca a nossa terra como “Meca” das sonoridades extremas e coloca Barroselas no mapa. De negativo há apenas a dificuldade em nos afirmarmos.
S. M.: Que apoios têm tido?
SWR: Os apoios têm sido ínfimos, para aquilo que necessitamos. O associativismo é pouco apoiado em Portugal, especialmente se ligado a sonoridades mais radicais.
S. M.: Já pensaram em gravar o festival para o editar?
SWR: Há, de facto, material gravado mas, devido à Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e à sua política asfixiante, é impossível fazê-lo, uma vez que é preciso pagar licenças exorbitantes.
S. M.: A que outras actividades se dedica, então, a vossa associação?
SWR: Basicamente, fomos evoluindo. Em 1994, iniciamos as actividades com o fanzine “Metalurgia”. Isto proporcionou a que surgisse uma distribuidora homónima, que ainda hoje existe. Depois, fomos organizando alguns concertos pontuais, associados à “Metalurgia”. Em 1997, surge a nossa banda, os “Golden Pyre”, e, pouco depois, iniciamos o festival. Já em 1999, damos início à associação, o Núcleo de Apoio às Artes Musicais (NAAM), onde apoiamos vários estilos musicais no âmbito do Rock. Dentro do NAAM, mantêm-se os “Golden Pyre”, a distribuidora, a organização de eventos, quer musicais quer de outro tipo (exposições, cinema, etc.), e a restauração do espaço onde se realizam esses eventos, o Alambik Club. Além disso, e em colaboração com a junta de freguesia, organizamos a animação cultural de verão, também ela incluindo eventos diversificados. Realizamos, também, uma série de concertos, chamada “Warm Ups”, que não é propriamente um concurso mas sim uma forma de apresentar e apreciar bandas que ainda não gravaram.
S. M.: Quais, então, os vossos próximos passos?
SWR: Primeiro que tudo, consolidar o festival. Vamos tentar torná-lo gratuito e acessível a todas as pessoas. Paralelamente, vamos tentar desenvolver as outras actividades de uma forma mais contínua e dinâmica.

O festival promete voltar para o ano. Entretanto, os interessados em obter informações, podem contactá-los através dos seguintes endereços:
http://www.swr-fest.com/
barroselas_metalfest@hotmail.com

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